Livro Benedicto Lacerda E A Saudade Ficou - Novo
Confira a
Características principais
Título do livro | Benedicto Lacerda E A Saudade Ficou |
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Autor | Jadir Zanardi |
Idioma | Português |
Editora do livro | Muiraquitã |
Edição do livro | 1 |
Capa do livro | Mole |
Outras características
Peso: 300 g
Gênero do livro: Biografias
Tipo de narração: Biográfico
Descrição
BENEDICTO LACERDA E A SAUDADE FICOU
Benedicto Lacerda e a saudade ficou - A obra de autoria do escritor e pesquisador de música popular brasileira, Jadir Zanardi, conta a história de Benedicto Lacerda, um dos maiores compositores e flautistas do Brasil, intérprete de sambas, marchas, choros, valsas. Criador do grupo instrumental regional, padrão para bandas utilizado até os dias de hoje. Nas páginas do livro, você encontra histórias inusitadas do compositor fluminense, vividas ao longo de sua trajetória, desde o nascimento em Macaé, com as dificuldades para o sustento, até sua primeira gravação como cantor, seus sucessos, os carnavais, os parceiros mais constantes como Pixinguinha, Herivelto Martins, Roberto Paiva e os amigos como Noel Rosa, Carmen Miranda, Jorge Goulart e tantos outros.
Sobre o autor
Desde cedo, Jadir Zanardi tomou gosto pela pesquisa da nossa música. Formado em Direito e em Gestão de Recursos Humanos, frequentou cursos sobre história da música brasileira na Fundação Casa de Rui Barbosa, e em outras instituições no Rio de Janeiro. Colaborador de José Maria Campos Manzo no início da Collector's Editora Ltda. Participou intensamente junto a Leon Barg no selo Revivendo Músicas.
Editora: Muiraquitã
Idioma: português
Encadernação: Brochura
Dimensão: 23 x 16 cm
Edição: 1ª
Ano de lançamento: 2009
Número de páginas: 140
Peso: 300g
Thais Matarazzo entrevista Jadir Zanardi no blog:
http://thmatarazzo.bloguepessoal.com
Conte para nós um pouco do seu trabalho como pesquisador musical.
Jadir Zanardi: Desde muito cedo despertei o interesse pela história de nossa música e fui colecionando recortes de jornais, revistas e muitos discos. Com um bom material e a memória privilegiada, iniciei na Colector's com o José Maria Manzo, que mais tarde me apresentou ao Leon Barg da Revivendo.
Como surgiu a idéia de escrever a biografia?
Jadir Zanardi: A idéia foi do Prefeito de Macaé, Riverton Mussi, para comemorar o centenário de nascimento do macaense Benedicto Lacerda.
Encontrou muita dificuldade para pesquisar material em bibliotecas e arquivos públicos?
Jadir Zanardi: Não. Os funcionários são atenciosos e gostam do quem fazem. O problema, em alguns casos, é que o pesquisador não conhece os caminhos... Por exemplo, onde buscar. O funcionário atende ao pedido, mas não pesquisa para ninguém.
Quanto tempo gastou entre a pesquisa e a obra finalizada?
Jadir Zanardi: Cerca de oito meses. Considerando que minha atividade principal é na área de recursos humanos. Pesquisa de MPB somente nas folgas.
Você contatou a família do Benedicto Lacerda?
Jadir Zanardi: Sim, desde o primeiro momento levei a idéia ao seu filho, Oduvaldo Lacerda. Mas antes do livro, também para comemorar o centenário do Benedicto, o selo Revivendo fez um CD e fiz contatos também tive a oportunidade de falar com o Coronel Oduvaldo.
Familiares te auxiliaram com material para o livro?
Jadir Zanardi: Em muito, principalmente quanto a infância, casamento e muitos caminhos de Benedicto. São pessoas de fino trato.
Contatou artistas da época?
Jadir Zanardi: O primeiro foi o cantor Jorge Goulart que recordou histórias fantásticas sobre o convívio com o Benedicto. Aliás, foi lançado no disco pelo Benedicto. Depois o cantor Roberto Paiva e o compositor Raul Sampaio. Na verdade, pelo tempo, poucos ainda do tempo do Benedicto. Estes casos estão no livro.
Poderia adiantar uma história pitoresca ocorrida com Benedicto para os internautas?
Jadir Zanardi: Certa feita, numa madrugada fria, regressava de uma seresta Benedicto Lacerda que, ao passar pela Lapa em direção a Tijuca, vê um cidadão no ponto do bonde e reconhece que é Noel. Para e convida para uma carona. Meio que sem jeito, entra no carro reclamando frio e pede um cigarro. Recebe o cigarro. Tá frio tem alguma bebida? Prontamente, um conhaque é servido e Benedicto abriu o diálogo: Noel, a essa hora da madrugada, com esse frio, você no ponto do bonde, fazendo o quê? E a resposta veio bem ao estilo do poeta da Vila: Estou esperando um botequim passar...
Benedicto foi um compositor polêmico, você trata dessas histórias?
Jadir Zanardi: Para muitos sim. Mas vejamos, parceria é complicado quando, pelo menos, um dos personagens já se foi. Muitas pedras são atiradas, mas no entanto as afirmações ainda são vagas. Conhecemos muitos casos de "medalhões" que vivem envolvidos com estas histórias. O certo é que Benedicto Lacerda deixou um legado musical que ainda será estudado. O tempo é o senhor da razão...
Durante quanto tempo você integrou a equipe de pesquisadores da gravadora Revivendo?
Jadir Zanardi: Desde o início ainda no tempo do LP. Primeiramente pesquisava os elementos históricos, mas tarde com a passagem do Abel Cardoso Junior, a também escrever os textos dos encartes. Foi um trabalho profundo e que dificilmente outra gravadora poderá fazer.